Com formação no Secundário em Ciências evolui para Artes Performativas e mais tarde ingressei num curso técnico de Turismo de Natureza. Profissionalmente cresci da base ao topo numa empresa na área da Imagem e Comunicação.  

Após catorze anos de dedicada entrega ao trabalho, com o início da crise financeira fiquei desempregada e foi o choque. Reconverti-me profissionalmente em multimédia, tendo sido um grande desafio pois a maior parte dos colegas eram da geração das novas tecnologias mas consegui-o.

Na véspera da entrevista para estágio numa importante empresa ligada a marketing e publicidade, descubro que estou grávida do meu desejado segundo filho. Contei-lhes, aceitaram-me mas a esperança de ficar estava comprometida, para trás ficavam três anos de árduo empenho mas de sorriso nos lábios.

Deixei de pensar no que ficava para trás e dediquei-me única e exclusivamente à família mas ao fim de alguns anos começou acumular-se a insatisfação pessoal e dá-se uma reviravolta do foro pessoal. Retomei à atenção sobre mim, à minha individualidade, caso contrário o meu relacionamento com as pessoas mais próximas começaria a perder qualidade. ​

Ao fim de alguns meses durante uma rotineira observação de informação fixei a minha atenção na palavra “Comunicação” que constava no título do anúncio de um workshop. A partir daqui descubro e entro no mundo do desenvolvimento pessoal. Entre vários processos com avanços e recuos fui-me compreendendo e aceitando, descobrindo e acontecendo e decidi uma drástica viragem profissional.

Decidi-me por um trabalho que não me exigisse estar à frente de um computador e me proporcionasse andar de carro e conhecer pessoas. Contactei várias empresas ligadas à área comercial e transportes. Através de um anúncio humorado a pedir colaboradores entro num mundo novo e desconhecido, o mundo comercial, e foi um instante do meu preconceito à admiração. Conheci uma diversidade de pessoas e de ambientes, por outro lado, constatei a minha vertente de comunicação e interação com as pessoas. Ao fim de meio ano deixei de me identificar com o produto que promovia e desinteressei-me. Queria continuar na via comercial mas relacionada com algo que estivesse ligado à minha experiência de imagem e comunicação.

Encontrava-me num importante processo de desenvolvimento pessoal e como tal estava convicta do que queria. Não tardou sou contactada por uma empresa de webmarketing para vender serviços em contexto empresarial. As excelentes pessoas da empresa e minha empolgada vontade de combinar o lado comercial com o empresarial, numa área que tratava por “tu”, deu numa entrevista seguida de contrato. Mais uma vez a autonomia no trabalho deu-me a possibilidade de crescer e perceber que tinha mais para dar e o meu relacionamento com os clientes confirmava isso. Durante dois anos fui encontrando empresários e empresárias que me expunham os projectos profissionais acabando por expor também os seus próprios desafios pessoais, na medida em que eu os levava a questionarem-se sobre os resultados que tinham. ​

Fui constatando a forma natural como transmitia o “know how” do meu desenvolvimento pessoal para o dia-a-dia nas empresas onde reunia. Apesar de levar inspiração e motivação às pessoas, não era efetivamente esse o meu trabalho. A frustração instalou-se, e vender afinal não era o que gostava mais, era sim ajudar e acompanhar os desafios das pessoas que ia conhecendo. E quando a nossa convicção aumenta, a projeção do que queremos materializa-se e acontece… Após alguns meses, recebo um convite através de “networking” para certificação em Eneacoaching. Conheci a certificação e vivenciei o método, assim os meus seis anos de desenvolvimento pessoal culminaram numa evidente transformação para a minha realização profissional como Eneacoach.